1/31/2012

O que significa, afinal globalização?

                A globalização pode ser entendida como o conjunto de transformações recentes na economia do planeta, causando uma ampliação dos fluxos de mercadorias, uma integração entre os países. São características desse período inovações tecnológicas que revolucionaram o modo como as pessoas se relacionam com o mundo e a aceleração da difusão de informações. Esse aumento ocorreu graças a inovações tecnológicas, como os celulares e os microcomputadores, além da vasta rede de tecnologias integradas a eles, como o acesso à rede mundial de computadores, internet, programas de mensagens instantâneas e correio eletrônico.
                O geógrafo Milton Santos chama esse período de técnico-científico-informacional.





1/27/2012

GÊNESE DA ATUAL CONFIGURAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
EXPLORAÇÃO ECONÔMICA DO TERRITÓRIO

                A exploração econômica do território teve grande importância para a ocupação realizada pelos colonizadores.
                Sem encontrar metais preciosos nos anos seguintes ao “descobrimento” do Brasil, os portugueses começaram a explorar e a comercializar o pau Brasil ao longo de uma extensa área do território.
               
  Século XVI
                No século XVI, além da exploração do pau-brasil, a produção de cana-de-açúcar, principalmente no Nordeste, começou a ganhar importância. Nesse período, a ocupação se concentrava no litoral.


Século XVII
                A partir do século XVII, a expansão do povoamento acompanhou a produção de cana-de-açúcar em áreas do Sudeste. A pecuária levou o povoamento em direção ao interior do território, e a busca pelas drogas do sertão – guaraná, urucum, cravo,  canela, salsa, entre outras – possibilitou o início da ocupação da Amazônia pelos portugueses.


Século XVIII
                A expansão da pecuária pelo território e a exploração de ouro e diamantes foram as principais atividades que levaram o domínio das terras a oeste, já no século XVIII. No ano de 1750, Portugal e Espanha assinaram o tratado de Madri, delimitando fronteiras semelhantes às que vigoram atualmente, Esse tratado levou em conta o principio do usucapião, fazendo com que as terras ocupadas por Portugal passassem a lhe pertencer.




Século XIX
                No século XIX, desenvolvia-se no território um conjunto de atividades econômicas importantes, tais como a produção de café, de cacau e de algodão, que fortaleceram o povoamento das terras.


Ao longo do século XIX e início do XX, vários tratados acabaram definindo os limites do território brasileiro.


Fonte: Caderno do Professor Geografia – 2ª Série EM – Volume 1 – 2009.

1/22/2012

A TEORIA DO BIG BANG



Até o momento, a explicação mais aceita sobre a origem do universo entre a comunidade cientifica é baseada na teoria da Grande Explosão, em inglês, Big Bang. Ela apoia-se, em parte, na teoria da relatividade do físico Albert Einstein (1879-1955) e nos estudos dos astrônomos Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-1972), os quais demonstraram que o universo não é estático e se encontra em constante expansão, ou seja, as galáxias estão se afastando umas das outras. Portanto, no passado elas deveriam estar mais próximas que hoje, e, até mesmo, formando um único ponto.

A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão refere-se a uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo.
Até então, havia uma mistura de partículas subatômicas (qharks, elétrons, neutrinos e suas partículas) que se moviam em todos os sentidos com velocidades próximas à da luz. As primeiras partículas pesadas, prótons e nêutrons, associaram-se para formarem os núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio e lítio, que estão entre os principais elementos químicos do universo.
Ao expandir-se, o universo também se resfriou, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha. Cerca de 1 milhão de anos após o instante inicial, a matéria e a radiação luminosa se separaram e o Universo tornou-se transparente: com a união dos elétrons aos núcleos atômicos, a luz pode caminhar livremente. Cerca de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, os elementos químicos começaram a se unir dando origem às galáxias.
No entanto essa teoria não é unanimidade entre os cientistas e estudiosos.


Fronteiras Permeáveis

O CASO DO MARCO PERDIDO

João Santo do Carmo, de 11 anos, e seus amiguinhos, fizeram uma grande descoberta.
João Santo, liderando uma expedição de umas vinte crianças, atravessou de canoa o igarapé Santo Antonio e foi para as margens do rio Solimões à procura do marco perdido.
O marco estava perdido na fronteira do Brasil com a Colômbia, entre as de Letícia, na Colômbia, e Tabatinga, no Brasil.
João Santo e seus amigos moram em casebres de palafita, a vinte metros da linha de fronteira.
As crianças não se preocupam muito com essa história de fronteira. Sabem apenas que “do lado de lá” as pessoas falam diferente, falam espanhol. É fácil falar. Todas as crianças da fronteira conhecem muitas palavras em espanhol. E algumas cantam uma música inteirinha em espanhol.
Fora isso, as crianças sabem que o outro lado não tem nada a ver com o Brasil. A bandeira é diferente e até os soldados têm uma roupa diferente. Mas as crianças de lá são muito parecidas com as de cá, e muitas vezes elas brincam juntas. Para não haver confusão, um dia elas escolhem o espanhol para a brincadeira e num outro dia escolhem o espanhol para a brincadeira e num outro dia escolhem o português. Todo mundo é amigo.
Mas João Santo, que é um líder internacional, percebeu que aqueles dois homens, um mais velho e outro mais moço, que chegaram à beira do igarapé, e disseram que estavam procurando “uma pedra grande”, eram homens muito poderosos. “Gente do governo”
Os homens disseram a João Santo, que veio logo lhes oferecer uma canoa para atravessarem o igarapé, que a pedra que eles procuravam tinha muito valor.
“É ouro?” – João arregalou os olhos. Atrás dele, os meninos cochicharam.
“Não é isso não” – disse o homem mais velho e certamente mais poderoso que o mais moço. “É uma pedra, que pode estar assim, deste tamanho (e apontou a cintura), como pode estar deste (e mostrou o joelho), mas pode também estar enterrada no chão. Mas é uma pedra importante, é um marco.”
“Eu moro no Marco”, disse João Santo. “A gente moro no Marco”, repetiram as outras crianças.
(O bairro do Marco é um grande amontoado de casinhas que se formou ao lado do Comando de Fronteiras do Solimões, do Exercito. Chama-se bairro do Marco porque nele há outro marco, de três metros de altura, dividindo o Brasil da Colômbia). “Pois é um marco também, parecido com aquele grande que vocês conhecem, é isso que a gente está procurando” – esclareceu o homem mais moço. “Agora, este que a gente está procurando é menor, e como o rio desbarrancou, ele deve estar meio enterrado, bem perto da margem”.
Aí João Santo entendeu tudo. E explicou para os outros que entenderam mais ou menos.
Os dois homens poderosos ainda atravessaram o igarapé e procuraram, procuraram. Entraram nas touceiras de capim alto, molharam os pés na água dos Solimões. Aí ficou escuro e eles desistiram de achar o marco.
“Eu vou achar” – disse João Santo, enquanto remava de volta pelo igarapé Santo Antonio.
“Quero ver” – disse o homem mais moço. “Amanhã a gente volta”.
No outro dia, felicidade. João Santo (e seus antigos liderados,  e outros que vieram até “do lado de lá” para juntar-se ao herói), apresentou-se aos dois homens, carregando um facão enorme, quase do tamanho dele.
“Eu achei o marco” – disse sorrindo.
“Então vamos ver”.
E foram todos, com a pequena canoa fazendo três viagens no igarapé até a margem do Solimões.
O marco ali estava. João Santo o encontrou quase enterrado no meio do capim. O marco afundo no aluvião, com a mudança natural da desembocadura do igarapé Santo Antonio. O homem mais velho explicou a todas as crianças que, muito antigamente, no ano de 1952, aquele marco tinha uns dois metros de altura.
Agora, todos estão felizes. João, as outras crianças, os “os homens do governo”. João Santo é fotografado junto a sua descoberta.
O homem mais velho, na verdade o astrônomo Dilermando de Moraes Mendes, da Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites, do Itamaraty, voltou sorrindo na canoa, cercado de infância internacional.
O homem mais moço, o subchefe da Comissão, Joaquim Eduardo Wiltgen Barbosa, distribuiu notas e notas entre todos os que ajudaram. João Santo ganhou uma de cinco cruzeiros.
A única coisa que João Santo não ficou sabendo, nem entenderia bem, é que a Colômbia não pode mais reivindicar  vinte mil metros quadrados de terra daquela região. Com a descoberta do marco, fica provado que a desembocadura do igarapé Santo Antonio mudou de lugar naturalmente. A desembocadura do igarapé era um dos pontos limítrofes da fronteira.
No dia 15 de fevereiro de 1976, domingo, João Santo do Carmo, de 11 anos, foi muito mais importante do que ele e as outras crianças puderam imaginar.


Portela, Fernando. “Ocaso do marco perdido”, in Fronteiras – viagem ao Brasil desconhecido. São Paulo, Alfa-Ômega, 1978, p 191-4
Extraído do livro didático Marcos & Diamantino, Coleção Geografias do mundo 6ª Série 7º Ano, FTD- p27


ZONA DE FRONTEIRA DO BRASIL COM SEUS VIZINHOS


 Diferentemente da idéia de limite, que demarca e separa o fim, a fronteira é muito mais uma zona de contato, interação e integração. No caso do Brasil, há inúmeras cidades na zona de fronteira, inclusive 123 delas consideradas cidades-gêmeas porque são contíguas territorialmente com outras cidades de países vizinhos. As regiões de fronteira quase sempre apresentam um dinamismo econômico e uma interação entre bens e serviços, promovendo uma permeabilidade, o que significa que ocorre a passagem de produtos, pessoas e serviços para os dois lados. Isso ocorre em muitas regiões de fronteiras internacionais do Brasil. País que faz divisa com todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e do Equador. No caso do Chile, a zona de contato por terra com o Brasil se estabeleceu por meio da Argentina, tendo a cidade de Mendoza como o ponto de apoio para a travessia da Cordilheira dos Andes. O Equador pode ser acessado através do Peru e da Colômbia. O termo fronteira refere-se a uma área de contato entre dois territórios que, de certa forma, favorece a integração. Fronteira também é uma região na qual se aproxima o fim do domínio político judicial de um país, ou ainda pode ser considerada uma frente pioneira de colonização ou ocupação. Toda fronteira possui um limite, ele seria a linha divisória entre territórios, países, estados, ou outra unidade administrativa é o fim daquilo que mantém coesa uma unidade político-territorial. No Brasil temos algumas fronteiras mais densas que outras (veja o mapa) nas quais há mais cidades concentradas possibilitando assim um comércio mais dinâmico entre elas, uma maior permeabilidade. A região Sul do Brasil é a que possui a maior densidade em suas fronteiras, nota-se ali várias cidades interdependentes com seus comércios, trocas comerciais cotidianas entre cidades de dois países. São vários os exemplos em toda extensão territorial do Brasil, vejamos alguns. • Guayaramerín, na Bolívia e Guajará-Mirim, no Brasil; • Letícia, na Colômbia e Tabatinga, no Brasil; • Riviera, no Uruguai e Livramento, no Brasil. São cidades separadas por apenas uma rua ou um rio e que mantém uma forte integração entre seus povos e suas atividades econômicas e comerciais. 
Referência: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: geografia, ensino fundamental, 6ª série. vol. I. Maria Inês Fini (org.) São Paulo: SEE, 2009.

1/20/2012


Resolução SE 8 - Dispõe sobre a carga horária dos docentes da rede estadual de ensino
24 – São Paulo, 122 (14)  Diário Oficial Poder Executivo - Seção I sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
 Resolução SE 8, de 19-1-2012
 Dispõe sobre a carga horária dos docentes da rede estadual de ensino
 O SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO, considerando o disposto  no § 4º do artigo 2º da Lei federal nº 11.738, de 16 de julho de  2008, que dispõe sobre a composição da jornada de trabalho  docente com observância ao limite máximo de 2/3 (dois terços)  da carga horária para o desempenho das atividades de interação  com os educandos, resolve:
Artigo 1º - Na composição da jornada semanal de trabalho docente, prevista no artigo 10 da Lei Complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997, com a redação dada pela Lei Complementar nº 1.094, de 16 de julho de 2009, observar-se-ão, na conformidade do disposto no § 4º do artigo 2º da Lei federal nº 11.738, de 16.7.2008, e do Parecer CNE/CEB nº 5/97, os seguintes limites da carga horária para o desempenho das atividades com os alunos:
I – Jornada Integral de Trabalho Docente:
a) total da carga horária semanal: 40 horas (2.400 minutos);
b) atividades com alunos: 26h40min (1.600 minutos);
II – Jornada Básica de Trabalho Docente:
a) total da carga horária semanal: 30 horas (1.800 minutos);
b) atividades com alunos: 20 horas (1.200 minutos);
III – Jornada Inicial de Trabalho Docente:
a) total da carga horária semanal: 24 horas (1.440 minutos);
b) atividades com alunos: 16 horas (960 minutos);
IV – Jornada Reduzida de Trabalho Docente:
a) total da carga horária semanal: 12 horas (720 minutos);
b) atividades com alunos: 8 horas (480 minutos).
Artigo 2º - Para cumprimento do disposto no artigo anterior,  as jornadas de trabalho docente passam a ser exercidas em aulas de 50 (cinquenta) minutos, na seguinte conformidade:
I – Jornada Integral de Trabalho Docente:
a) 32 (trinta e duas) aulas;
b) 3 (três) aulas de trabalho pedagógico coletivo na escola;
c) 13 (treze) aulas de trabalho pedagógico em local de livre escolha;
II – Jornada Básica de Trabalho Docente:
a) 24 (vinte e quatro) aulas;
b) 2 (duas) aulas de trabalho pedagógico coletivo na escola;
c) 10 (dez) aulas de trabalho pedagógico em local de livre escolha;
III – Jornada Inicial de Trabalho Docente:
a) 19 (dezenove) aulas;
b) 2 (duas) aulas de trabalho pedagógico coletivo na escola;
c) 7 (sete) aulas de trabalho pedagógico em local de livre escolha;
IV – Jornada Reduzida de Trabalho Docente:
a) 9 (nove) aulas;
b) 2 (duas) aulas de trabalho pedagógico coletivo na escola;
c) 3 (três) aula de trabalho pedagógico em local de livre escolha.
Parágrafo único – Os docentes não efetivos, que não estão sujeitos às jornadas previstas no artigo anterior, serão retribuídos conforme a carga horária que efetivamente vierem a cumprir, observado o Anexo desta resolução, que também se aplica aos efetivos cuja carga horária total ultrapasse o número de horas da jornada de trabalho em que estejam incluídos.
Artigo 3º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, surtindo efeitos a partir de 1º de fevereiro de 2012, ficando revogadas as disposições em contrário, em especial a Resolução SE nº 18, de 24 de fevereiro de 2006.

CARGA HORÁRIA SEMANAL (HORAS)
AULAS DE 50 MINUTOS
COM ALUNOS
TRABALHO PEDAGÓGICO
NA ESCOLA
LOCAL LIVRE
40
32
3
13
39
31
3
12
38
30
3
12
37
29
3
12
35
28
3
11
34
27
2
11
33
26
2
11
32
25
2
11
30
24
2
10
29
23
2
9
28
22
2
9
27
21
2
9
25
20
2
8
24
19
2
7
23
18
2
7
22
17
2
7
20
16
2
6
19
15
2
5
18
14
2
5
17
13
2
5
15
12
2
4
14
11
2
3
13
10
2
3
12
9
2
3
10
8
2
2
9
7
2
1
8
6
2
1
7
5
2
1
5
4
2
0
4
3
1
0
3
2
1
0
2
1
1
0

Fonte: Diário Oficial do Estado de São Paulo