5/09/2013


O papel da China na África

Na época da Guerra Fria, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, a China esteve presente na África vendendo armas e apoiando vários movimentos de libertação e países recém-independentes.
Na década de 1980, os chineses começaram a direcionar investimentos para o continente africano, mas foi a partir do século XXI que se pôde assistir a uma verdadeira explosão nas relações nas relações sino-africanas.
O rápido crescimento industrial chinês transformou o país em um ávido consumidor de petróleo, cuja demanda supera muito o que os estoques do seu subsolo podem oferecer.
A China busca diversificar seus fornecedores, reconhecendo na África grandes possibilidades de ver parte de seus interesses econômicos atendidos. Os países africanos produtores de petróleo se apresentam como uma boa alternativa aos tradicionais fornecedores do Oriente Médio, onde há constantes oscilações políticas.
A carência de infraestrutura, que restringe a capacidade de exploração dos recursos naturais do continente africano, é compensada pela intensificação dos investimentos chineses, que, além de empréstimos monetários, fornecem recursos materiais e técnicos.
Essa maneira de atuar coloca a China em uma posição estratégica, pois ela se consolida em uma posição estratégica, pois ela se consolida como um dos países com maior acesso às riquezas africana. Como efeito desse processo, as trocas comerciais ente as duas partes passaram de 9 bilhões de dólares em 2001 para 59 bilhões em 2007, segundo dados do Banco Mundial.
O setor da construção civil chinês é um dos mais atuantes na África . Os chineses têm investido na construção de rodovias e ferrovias que ligam as áreas de extração mineral aos portos.
Essas vias de circulação estimulam o desenvolvimento do continente, ao mesmo tempo que facilitam o escoamento das exportações para a China. Cerca de 35 países africanos têm recebido investimentos chineses ou estudam a possibilidade de recebe-los.
Além da construção civil, alguns setores em especial têm sido mais priorizados pelos chineses. O primeiro deles é o de geração de energia, principalmente hidreletricidade, em razão da existência de rios favoráveis à
construção de usinas hidrelétricas.
Os chineses também investiram na construção de usinas termelétricas no Sudão, aproveitando o petróleo extraído no país.
Outro campo de atividade que vem recebendo a participação chinesa é o de telecomunicações, por meio da venda de equipamentos e da prestação de serviços, sejam eles públicos ou privados.
O agronegócio também tem recebido investimento dos chineses, que se aproveitam da variedade do clima africano para garantir o fornecimento de diferentes produtos.
É importante ressaltar que, como o interesse chinês está bastante ligado ao incremento dos setores produtivos, os financiamentos voltados à captação e tratamento de água potável ou a outras infraestrutura sociais, quando existem, são muito reduzidos.
Fonte: Ser Protagonista Manual do Professor - Geografia - 3º Ano EM- edições SM - Organizadores Fernando Santos Sampaio e Ivone Silveira Sucena.


Chineses recebem muito petróleo angolano e os angolanos
quase nada em troca.

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