9/28/2014

PARA ENFRENTAR O AQUECIMENTO GLOBAL



Acordo internacional permite que países como o Brasil negociem “créditos de carbono”. Veja como o meio ambiente ganha com isso
O aquecimento global colocou o planeta pelo acúmulo de gases, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N20) na atmosfera, o aumento da temperatura na Terra traz consequências e exige mudanças e adaptações na economia. Como esses gases são resultantes do uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), utilizados nas atividades industriais e no transporte, cada país precisa desenvolver políticas e tecnologias que limitem suas emissões. Este controle está previsto no Protocolo de Kyoto, o acordo internacional do qual o Brasil faz parte, que estabelece metas de redução desses gases entre 2008 e 2012. Entre as regras estabelecidas pelo protocolo estão os chamados “mecanismos de flexibilização”, expressão nascida nos Estados Unidos, na década de 1980, para enfrentar a chuva ácida. Trata-se de um sistema de compra e venda de emissões de dióxido de enxofre (SO2), gás considerado o principal culpado pela chuva ácida. O sistema foi chamado de cap-and-trade (limitar e comercializar, em inglês), ou seja, a fixação de um limite de emissões. Na época, as empresas que conseguissem baixar as próprias emissões ganhavam o direito de vender “créditos” de poluição para aquelas que não tinham conseguido fazê-lo no prazo estabelecido. Deu certo. O sistema foi responsável pela queda dos índices de poluição e chuva ácida nas cidades americanas nos últimos anos.
em xeque-mate. Provocado


ADAPTAÇÃO DO SISTEMA
O Protocolo de Kyoto adaptou o sistema cap-and-trade aos novos tempos. Funciona assim: nações desenvolvidas, que conseguem reduzir suas emissões abaixo de um certo patamar em determinados setores (energético, indústria de base etc.), ou de acordo com o estabelecido para os seus países, podem vender seus créditos de carbono a quem tenha dificuldade em cumprir sua parte. Esses créditos são negociados em bolsas de valores como qualquer commodity.  O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é outra forma de negociar esses créditos. Segundo essa cláusula do Protocolo de Kyoto, países ricos, cujo modelo de desenvolvimento contribuiu fortemente para o aquecimento global, podem pagar por projetos de redução de emissões de gases em nações que não têm a obrigação de reduzi-las, como o Brasil, Índia, China e outros. Parte-se do princípio de que a atmosfera é a mesma para todos, portanto, cada tonelada de carbono ou metano que deixar de ser emitida ou for retirada da atmosfera, beneficia todo mundo. O MDL já está sendo utilizado em várias atividades e tende a crescer nos próximos anos. Empresas e setores dos países pobres ganham com o sistema não só recompensas ambientais como financeiras. Para o futuro, vão poluir menos e estabelecer parâmetros sustentáveis bem diferentes daqueles que nortearam o desenvolvimento das empresas movidas a petróleo e carvão dos países ricos.

A ENERGIA LIMPA QUE VEM DO LIXO
O metano dos aterros, que contribui para o aquecimento global quando lançado na atmosfera, pode abastecer a sua casa de eletricidade.
O que o lixo de cada dia tem a ver com o aquecimento global? Muito. Desde a extração de minérios que compõem a matéria-prima dos produtos que vão virar resíduo até o descarte após o uso, tudo o que o ser humano consome emite gases de efeito estufa – o fenômeno que dá origem ao aquecimento global. Nessa cadeia de produção está incluída a energia gasta na sua fabricação, no transporte, na comercialização, na utilização e no destino final – os aterros sanitários. É nessa última etapa que estão concentrados os maiores esforços para reduzir os gases que contribuem para o aquecimento global. A decomposição do lixo orgânico nos aterros gera altos índices de metano (CH4), o mais potente gás de efeito estufa. A coleta seletiva para a reutilização dos resíduos nas indústrias reduz o despejo desse material e, portanto, diminui também as suas emissões. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 59 milhões de toneladas de carbono deixaram de ir para a atmosfera em 2008 por causa da reciclagem de 35% do lixo produzido pela população. O caminho mais utilizado para evitar emissões, porém, é a queima de gases dos aterros sanitários com o objetivo de gerar energia elétrica – um benefício adicional dessa medida. No Brasil, um terço dos projetos de crédito de carbono aprovados até fevereiro de 2009 está relacionado à redução de metano – entre eles, 30 projetos são realizados em aterros sanitários. A tecnologia de obtenção de energia em aterros pode ser executada em locais desativados. Foi o que aconteceu no Aterro Bandeirantes, em São Paulo, esgotado há dois anos. Durante três décadas, o aterro recebeu a metade do lixo produzido diariamente na capital paulista, acumulando um total de 30 milhões de toneladas de resíduo. Essa matéria-prima agora é utilizada como fonte de metano, drenado e levado por tubulações até uma usina de energia equipada com 24 geradores que transformam o calor em eletricidade, injetada na rede de distribuição da Eletropaulo. Além do ganho com a venda de energia (R$ 170 por MW/h), o projeto comercializa créditos de carbono. O plano é vender o equivalente a 600 mil toneladas de carbono por ano até 2015, gerando uma receita de quase R$ 100 milhões para a prefeitura paulistana no período. A primeira venda ocorreu em 2007 na Bolsa BMF Bovespa. No ano seguinte, foram comercializados também os créditos referentes à energia limpa gerada pelo Aterro São João, também em São Paulo.

AS VANTAGENS DA ENERGIA RENOVÁVEL

O investimento em biomassa, energia eólica e pequenas hidrelétricas proporciona créditos e deve ser ampliado no futuro
Com o agravamento das previsões dos cientistas sobre o aumento do aquecimento global, fica cada vez mais urgente a necessidade de substituir combustíveis como petróleo e carvão – responsáveis pelas emissões de gases – por fontes limpas de energia. O tema deixa de ser apenas um sonho de ambientalistas e começa a ser um negócio lucrativo. No agronegócio, por exemplo, o Brasil pode ganhar por ano em torno de U$$ 160 milhões com a venda de créditos de carbono obtidos mediante a utilização da biomassa para gerar energia. O maior potencial está nos cultivos de cana-de-açúcar, que hoje cobrem 7 milhões de hectares no país, com previsão de aumentar 50% até 2015 em decorrência da expansão do uso de biocombustíveis. Cada megawatt por hora de energia produzida pelo bagaço da cana evita que mais de meia tonelada de CO2 seja lançado na atmosfera – caso essa energia fosse obtida por óleo combustível ou carvão mineral. “Além de combater o aquecimento global, a biomassa traz vantagens comerciais para as indústrias de açúcar e álcool”, afirma Ivan Zanatta, do grupo Jalles Machado, proprietário de usinas em Goiás. Na última safra, a empresa moeu 2,2 milhões de toneladas de cana. Entre 2001 e 2007, o bagaço de cana produzido pela empresa como fonte de energia evitou a emissão de 60 mil toneladas de CO2 e o projeto é deixar de emitir o dobro desse volume até 2014, quando a empresa tiver equipamentos mais eficientes para aumentar a geração e vender eletricidade para cidades no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

ENERGIA DO VENTO

Mas não só a biomassa é fonte de negócios de carbono. A energia eólica e as pequenas centrais hidrelétricas também proporcionam esse tipo de receita. Impulsionados nos últimos anos pelo Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), os empreendimentos credenciados têm garantida a compra de energia pelo setor elétrico brasileiro. Até dezembro de 2008, o programa aprovou 144 projetos capazes de gerar energia suficiente para evitar a emissão atmosférica de 2,8 milhões de toneladas de carbono anuais, podendo valer R$ 100 milhões por ano com a venda de créditos de carbono.  “O valor pode ser muito maior se for levado em consideração o potencial ainda não explorado para as fontes alternativas no Brasil”, afirma Roberto Meira, do Ministério das Minas e Energia. Até 2017, segundo plano do governo federal, o país produzirá 6,2 mil megawatts de biomassa, ventos e pequenas hidrelétricas – quase o triplo da geração atual. O mercado de carbono atrai empresas estrangeiras, como o Grupo EDP de Portugal, dono de quatro pequenas hidrelétricas no Espírito Santo e Mato Grosso do Sul que, até 2012, devem ter um crédito de 1 milhão de toneladas de CO2 que deixaram de ser emitidas. Parte do crédito foi negociado com a própria matriz da empresa na Europa, abatendo essa redução das cotas obrigatórias do país. “A receita, no entanto, foi investida no Brasil, para proteger nascentes, gerar renda para artesãos e melhorar a qualidade de vida no entorno das usinas”, afirma Pedro Sirgado, diretor do Instituto EDP.

AS NOVAS OPÇÕES PARA O FUTURO
Projetos de reflorestamento e desmatamento evitado e o mercado voluntário oferecem novas possibilidades
Projetos de conservação de florestas, embora importantes para evitar o aquecimento global, ainda não fazem parte das possibilidades de negociação de créditos de carbono do Protocolo de Kyoto. Apenas plantios e reflorestamento têm direito a participar desse mercado, comercializando as toneladas de carbono captadas pelas árvores durante o metabolismo vegetal. Mas a procura ainda é pequena. Até o momento, apenas 1% de iniciativas nessa área foram aprovadas no âmbito do MDL. Mas a tese do “desmatamento evitado” entra nas negociações que devem ocorrer a partir da reunião internacional prevista para Copenhague, em dezembro de 2009, visando substituir o Protocolo de Kyoto após 2012. A proposta é que países com florestas tropicais, como o Brasil, recebam investimentos caso consigam reduzir suas taxas de desmatamento abaixo de um certo patamar. Já existe a possibilidade de um fundo voluntário, no qual os países ricos depositam dinheiro para bancar projetos de desenvolvimento sustentável nas nações com florestas para que elas não precisem mais desmatar para crescer. Nesse caso, a redução das emissões de gases não pode ser descontada das cotas obrigatórias dos países ricos, como ocorre no mecanismo oficial. Mas os créditos de carbono também valem dinheiro, sendo negociados em bolsas de valores. São procurados por uma questão de marketing, no conceito de “crédito carismático”, para diferenciar produtos e processos industriais que contribuem para amenizar as mudanças climáticas. O mercado voluntário movimentou U$$ 116 milhões em 2008 no mundo – 75% mais do que no ano anterior.
O Fundo Protótipo de Carbono do Banco Mundial aprovou o primeiro projeto brasileiro de substituição de carvão mineral utilizado na produção de ferro-gusa. Em Minas Gerais, o minério é obtido com ajuda do carvão vegetal gerado na queima de eucalipto. Cada tonelada de ferro-gusa produzida com biomassa renovável gera um ganho ambiental de 3 toneladas de dióxido de carbono.

A lista de projetos que negociam créditos de carbono é grande – da queima de combustíveis pelo transporte e setor energético a práticas agrícolas mais sustentáveis. Entre esses últimos, destacam-se os que geram energia a partir do esterco de porcos, como o conduzido pela Sadia em parceria com mais de mil propriedades de suinocultores no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso. A suinocultura tem alto potencial de emissões, gerando carga orgânica 25 vezes maior que a do esgoto humano. Para obter créditos de carbono, gases antes liberados no ambiente são agora usados para produzir biofertilizantes, substituir o gás de cozinha (GLP) e gerar eletricidade para abastecer as granjas.

Horizonte Geográfico - Edição 123

7/22/2013

DESERTIFICAÇÃO





Desertificação é a modificação de um ambiente, tornando-o, como o próprio nome indica, um deserto. Trata-se de um problema mundial que existe em mais de 100 países, ameaçando a subsistência de mais de um bilhão de pessoas. No Brasil, as áreas semiáridas estão, em sua maioria, na região Nordeste.
Por definição, deserto é uma área ou região na qual o clima é extremamente seco e a umidade relativa do ar alcança níveis abaixo de 12%. Uma área desértica se caracteriza pela escassez ou ausência de vegetação, e é pouco propícia à vida animal.
Um local pode tornar-se deserto por causas naturais, como o baixo nível de pluviosidade. Na região semiárida do Nordeste brasileiro as temperaturas são elevadas e as chuvas são irregulares e concentradas em um período que varia de três a cinco meses no ano.
A desertificação acontece também por ação do homem, que utiliza a terra de maneira errada, queimando a vegetação para dar lugar à pecuária, às novas formas de agricultura, ou até mesmo derrubando árvores para aproveitamento da madeira. Com isso, o solo fica desprotegido e exposto à ação do vento e da chuva. Estes, aos poucos, transportam parte do solo e de seus nutrientes para o leito dos rios, fazendo com que aquela área queimada ou desmatada sofra um processo chamado erosão, isto é, desgaste do solo. Assim, quase nada mais cresce, tornando impossível a sobrevivência de seus habitantes.
O uso intensivo do solo e as irrigações em excesso também causam erosão. A terra precisa de um tempo de descanso, sem nenhuma plantação, para recuperar seus nutrientes e escapar de um empobrecimento natural, mas infelizmente não é isso o que vem acontecendo. Pelas necessidades de abastecimento, colhe-se hoje e já se planta amanhã. O resultado é a diminuição das colheitas, porque o solo, desgastado, não corresponde às necessidades do agricultor.
Todos sofrem com a desertificação. A vegetação morre e os animais migram do seu habitat original para outro estranho, desequilibrando os ecossistemas.
As consequências dos maus-tratos ao meio ambiente geram grandes problemas para o planeta e seus habitantes, mas é sempre tempo de rever atitudes e propor soluções que reabilitem o que foi destruído.


Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU)

5/09/2013


O papel da China na África

Na época da Guerra Fria, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, a China esteve presente na África vendendo armas e apoiando vários movimentos de libertação e países recém-independentes.
Na década de 1980, os chineses começaram a direcionar investimentos para o continente africano, mas foi a partir do século XXI que se pôde assistir a uma verdadeira explosão nas relações nas relações sino-africanas.
O rápido crescimento industrial chinês transformou o país em um ávido consumidor de petróleo, cuja demanda supera muito o que os estoques do seu subsolo podem oferecer.
A China busca diversificar seus fornecedores, reconhecendo na África grandes possibilidades de ver parte de seus interesses econômicos atendidos. Os países africanos produtores de petróleo se apresentam como uma boa alternativa aos tradicionais fornecedores do Oriente Médio, onde há constantes oscilações políticas.
A carência de infraestrutura, que restringe a capacidade de exploração dos recursos naturais do continente africano, é compensada pela intensificação dos investimentos chineses, que, além de empréstimos monetários, fornecem recursos materiais e técnicos.
Essa maneira de atuar coloca a China em uma posição estratégica, pois ela se consolida em uma posição estratégica, pois ela se consolida como um dos países com maior acesso às riquezas africana. Como efeito desse processo, as trocas comerciais ente as duas partes passaram de 9 bilhões de dólares em 2001 para 59 bilhões em 2007, segundo dados do Banco Mundial.
O setor da construção civil chinês é um dos mais atuantes na África . Os chineses têm investido na construção de rodovias e ferrovias que ligam as áreas de extração mineral aos portos.
Essas vias de circulação estimulam o desenvolvimento do continente, ao mesmo tempo que facilitam o escoamento das exportações para a China. Cerca de 35 países africanos têm recebido investimentos chineses ou estudam a possibilidade de recebe-los.
Além da construção civil, alguns setores em especial têm sido mais priorizados pelos chineses. O primeiro deles é o de geração de energia, principalmente hidreletricidade, em razão da existência de rios favoráveis à
construção de usinas hidrelétricas.
Os chineses também investiram na construção de usinas termelétricas no Sudão, aproveitando o petróleo extraído no país.
Outro campo de atividade que vem recebendo a participação chinesa é o de telecomunicações, por meio da venda de equipamentos e da prestação de serviços, sejam eles públicos ou privados.
O agronegócio também tem recebido investimento dos chineses, que se aproveitam da variedade do clima africano para garantir o fornecimento de diferentes produtos.
É importante ressaltar que, como o interesse chinês está bastante ligado ao incremento dos setores produtivos, os financiamentos voltados à captação e tratamento de água potável ou a outras infraestrutura sociais, quando existem, são muito reduzidos.
Fonte: Ser Protagonista Manual do Professor - Geografia - 3º Ano EM- edições SM - Organizadores Fernando Santos Sampaio e Ivone Silveira Sucena.


Chineses recebem muito petróleo angolano e os angolanos
quase nada em troca.

1/04/2013

FELIZ 2013

NOVO ANO - 2013
 
Novo Ano se inicia e com ele novas ideias, expectativas e esperanças de que tudo vai mudar que coisas novas vão acontecer. É bom que não percamos a esperança de um novo ano de mudanças de limpar gavetas jogar fora ou reciclar o que está velho, transforma-lo em novo ou mesmo pôr tudo numa caçamba e deixar que se vá sem dó, sem ter que olhar novamente para aquilo tudo que só te fez mal. Deixe para trás o que foi ruim o que te fez infeliz. Bora aproveitar o novo ano e começar tudo de novo: ser feliz, rir, chorar, brincar, brigar, jogar conversa fora, entender o outro, oferecer ombro amigo, buscar também e outras coisas, muitas coisas que podemos fazer ou deixar de fazer, não ter medo de dizer não, ter coragem de dizer sim de ousar de criar de ser feliz.
 
Professora Ivonete

8/25/2012

Formações Vegetais do Brasil


A Vegetação Brasileira
 
 
A paisagem brasileira é fortemente marcada pela exuberância da vegetação natural, entretanto, esta vem sendo assustadoramente devastada desde a colonização do território, representando atualmente cerca da metade da formação original. Isso ocorre tanto em razão da própria ocupação, através da construção de cidades e rodovias, quanto em virtude da exploração irracional dos recursos naturais, como ocorre na extração madeireira.
A destruição de uma floresta implica inúmeras perdas, pois são afetadas não só as diversas espécies de plantas e animais que a compõem, mas também os solos, o clima e a população habitante da região, cuja cultura e fontes de sobrevivência são fatalmente destruídas. No tocante ao meio ambiente, a legislação brasileira é considerada abrangente e moderna, mas um dos principais problemas enfrentados é decorrente da precária fiscalização oferecida e dos grandes interesses envolvidos na devastação.
 
Floresta Equatorial Amazônica
A Floresta Equatorial Amazônica é densa, latifoliada, higrófila (adaptada a muita umidade), perene e está dividida em igapó, mata de várzea e de terra firme.
Igapó – trecho da floresta sempre alagado, onde se desenvolve a vitória-régia. Mata de várzea – parte da floresta sujeita a inundações periódicas, onde encontramos a seringueira.
Mata de terra firme sempre livre das inundações, ocupa a maior extensão, sendo rica em formações como o castanheiro, o cacaueiro, o caucho e outros.
Nesse domínio, a Bacia Amazônica tem grande importância, com rios de águas brancas e de águas pretas, com alta piscosidade e elevada atividade pesqueira, além do aproveitamento energético.
A Floresta Amazônica vem sofrendo um processo de devastação através das queimadas, exploração vegetal e mineral, desmatamento provocado por madeireiras tanto legais como ilegais, construções de estradas, com prática da agricultura e pecuária, entre outros.
   
                        Caatinga
 
A caatinga,localizada no Polígona das Secas, no Nordeste do Brasil, vegetação típica de clima semi-árido onde a seca é constante, é uma área de terrenos muito desgastado que corresponde à Depressão Sertaneja. Constitui-se de arbustos e na seca, transforma-se numa mata branca (daí o nome de caatinga), e tem muitas plantas que guardam água como os cactos, plantas xerófitas adaptadas à falta d'água - as raízes são profundas para conseguir obter água dos lençóis subterrâneos, suas folhas são pequenas e espinhentas e acumulam água nas folhas ou nos caules,  se tornam  verdes durante as chuvas, além das cactáceas também se destacam as bromeláceas e árvores  baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas (espécies caducifólias), destacando-se pelo extrativismo de fibras vegetais, como o caroá, a piaçava e o sisal.
No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semi-árido
 
Cerrado
 
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados localizados no Brasil Central, hoje, restam apenas 20% dessa formação vegetal. De clima tropical semiúmido: quente e com chuvas de verão e inverno seco, o cerrado  constitui-se de pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas, os solos são pobres e ácidos, mas, com o método de calagem (adição de calcário ao solo), estão sendo aproveitados, tendo-se transformado, desde 1975, na nova fronteira agrícola do Brasil com o programa Polocentro.
 
  
 Mata dos Pinhais ou Araucária
 
Também conhecida por floresta aciculifoliada (cujas folhas são muito finas e alongadas, em forma de agulha, a fim de dificultar a perda de água pelo processo de evapotranspiração) ou mata dos pinhais, a Mata de Araucária é encontrada ao longo dos planaltos e chapadas da Bacia do Paraná.
As matas de araucária constituem a formação vegetal de clima subtropical. Originalmente, essa floresta dominava vastas extensões dos planaltos da região Sul e pontos altos da Serra da Mantiqueira nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio, restando menos de 20% dessa floresta.
 
 
 
 
 
 Pradaria ou Campos Sulinos
O domínio das pradarias corresponde aos Pampas, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo baixo e ondulado das coxilhas é coberto por vegetação herbácea (campos). A ocupação econômica nesse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela rizicultura. De clima subtropical os campos sulinos se caracteriza com altas temperaturas no verão, chegando a 35ºC, e o inverno é marcado com geadas e neve em algumas regiões, marcando temperaturas negativas. A precipitação anual se situa em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno.

 

                              Mata dos Cocais



A Mata dos Cocais ou Babaçuais é uma vegetação de transição no Maranhão, Piauí e norte de Tocantins.
No lado oeste, que abrange o Maranhão, o oeste do Piauí e o norte de Tocantins, a região é um pouco mais úmida devido à proximidade com o clima equatorial superúmido da Amazônia, sendo mais freqüente a ocorrência de uma espécie de palmeira, o babaçu  grande recurso natural regional, pois de sua semente extrai-se um óleo de grande aplicação industrial em (alimentos, cosméticos, sabão, aparelhos de alta precisão).  Na área menos úmida, que abrange o leste do Piauí e os litorais do Ceará e do Rio Grande do Norte, predomina outra espécie de palmeira, a carnaúba.  Embora aproveitada de maneira ordenada por várias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal, a Mata de Cocais também é seriamente ameaçada pela ampliação das áreas de pasto para a pecuária, principalmente no Maranhão e no norte do Tocantins. Essa área ocupa menos de 3% da área total do Brasil.

 

Mata Atlântica



A Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical úmida,  originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica. Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre. Entretanto, tal diversidade e grau de endemismo varia, já que ela não se constitui em uma formação vegetal homogênea, com variações na riqueza de espécies devido a fatores como latitude, altitude, precipitação e solo. Essa floresta sofreu grandes devastações: no Nordeste, devido à agroindústria da cana-de-açúcar e do cacau; no Sudeste, em decorrência da expansão urbana, industrial, agrícola e até da poluição. Essa devastação tem aumentado o problema da erosão dos solos, causando desde a formação de voçorocas e frequentes deslizamentos até o assoreamento dos rios.




Mares de Morros


Os mares de morros são localizado em grande parte da porção leste, o domínio dos mares morro é assim chamado por causa de sua forma, oriunda da erosão, gerada principalmente pela ação das chuvas. Ocorre na região serrana do Sudeste, faz parte da Mata Atlântica.
A paisagem é formada por relevo acidentado, ou seja, há uma grande incidência de planaltos, serras e morros que sofreram desgastes erosivos, esse relevo abrange a floresta tropical (Floresta Atlântica), essa, em seu estágio natural, se apresentava desde o Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, quanto ao clima é o tropical úmido, as chuvas são regulares e bem distribuídas no decorrer do ano.

MANGUES



Encontrados na costa brasileira desde o Amapá até Santa Catarina, os manguezais são áreas de vegetação de grande importância para proteger a costa, manter a qualidade da água e servir de berçário para muitos animais marinhos. No entanto, esse também é um dos ecossistemas mais ameaçados pela pressão e degradação ambiental.
São plantas adaptadas às condições ambientais, com extremas quantidades de salinidade, e ao atrito dos grãos e movimentos de areia. A medida que a vegetação pioneira cresce, as dunas ganham volume e altura. Com o passar do tempo, outras plantas colonizam o local, mantendo o equilíbrio ecológico e a estabilidade do cordão de dunas litorâneas. Podemos encontrar uma grande quantidade de espécies pioneiras, como o cipó de flores, entre outras.
DUNAS



Dunas do Maranhão

Dunas são pequenas elevações de areia formadas pelos ventos que vêm do mar. Os ventos carregam a areia fina até que as dunas venham a ser estabilizadas por vegetação pioneira.
Nas dunas há uma vegetação nativa, composta principalmente por gramíneas e plantas rasteiras que desempenham importante papel na formação e fixação das dunas 
São plantas adaptadas às condições ambientais, com extremas quantidades de salinidade, e ao atrito dos grãos e movimentos de areia. A medida que a vegetação pioneira cresce, as dunas ganham volume e altura. Com o passar do tempo, outras plantas colonizam o local, mantendo o equilíbrio ecológico e a estabilidade do cordão de dunas litorâneas. Podemos encontrar uma grande quantidade de espécies pioneiras, como o cipó de flores, entre outras.
 
 
Pantanal
 

O chamado Pantanal Mato-grossense corresponde a uma área baixa de cerca de 100.000Km2 de terrenos de formação recente, localizado no Estado do Mato Grosso do Sul e sul do Mato Grosso, se prolonga através de parte da Bolívia e do Paraguai.

O Pantanal é uma enorme planície envolvida em semicírculo pelas terras altas dos planaltos Central e Meridional brasileiros sobre o qual corre o rio Paraguai e alguns de seus tributários (São Lourenço, Cuiabá, Taquari, Negro, Miranda, Aquidauana), formando uma admirável rede hidrográfica, interligada por numerosos lagos, responsável pelo lençol de água que se forma nos primeiros meses do ano: o mar dos Xaraiés, como o denominavam os índios. A configuração plana do solo é responsável pelo escoamento das águas.
A superfície do Pantanal não é perfeitamente plana, quebram a monotonia elevações em forma de ilhas constituídas de rochas resistentes antigas.
Por ocasião das cheias (entre janeiro e abril), transforma-se num vasto lençol d’água, cuja presença justifica o nome que os primeiros povoadores lhe deram, Lagoa de Xaraiés, de centenas de Km2 e funda de 2 a 3 metros.
Entretanto, isso não significa que a região seja de pântanos ou brejos. Bem ao contrário. Por ocasião da seca fica inteiramente livre das águas, transformando-se em excelente região de pastagens. Sua superfície não inteiramente plana, apresenta pequenas elevações isoladas, localmente conhecidas pelos nomes de Trombas e Cordilheiras, embora de modesta altitude, além de importante maciço montanhoso com mais de 1.000 metros, que se ergue, abruptamente, na região de Corumbá: a Serra do Albuquerque ou Maciço de Urucum, onde existem valiosos depósitos minerais, não longe da Serra da Bodoquena que avança planície adentro.
 

 

8/18/2012

AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE

PERDAS RESULTANTES DA PRÁTICA AGRÍCOLA

Do ponto de vista ambiental, muitas são as perdas trazidas pela atividade agrícola - e, claro, elas dependem, mais ou menos, das condições de manejo dos solos nos sistemas utilizados.
Inúmeros problemas são causados pela agricultura: no sistema intensivo, o uso de agrotóxicos para aumentar a produtividade e para eliminar as pragas, tanto vegetais como animais; a erosão produzida pelos equipamentos mais pesados e pelo desmatamento; no sistema extensivo, o processo de desertificação ocasionado por práticas rudimentares; a monocultura, retirando somente um tipo de nutriente do solo, o uso queimada, fazendo com que o solo perca nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes que garantem a fertilidade, etc.


   ´                                                            Uso de agrotóxicos                             

                          Uso de agrotóxicos                             
                                                             Queimada - Cana


              Práticas rudimentares