8/25/2012

Formações Vegetais do Brasil


A Vegetação Brasileira
 
 
A paisagem brasileira é fortemente marcada pela exuberância da vegetação natural, entretanto, esta vem sendo assustadoramente devastada desde a colonização do território, representando atualmente cerca da metade da formação original. Isso ocorre tanto em razão da própria ocupação, através da construção de cidades e rodovias, quanto em virtude da exploração irracional dos recursos naturais, como ocorre na extração madeireira.
A destruição de uma floresta implica inúmeras perdas, pois são afetadas não só as diversas espécies de plantas e animais que a compõem, mas também os solos, o clima e a população habitante da região, cuja cultura e fontes de sobrevivência são fatalmente destruídas. No tocante ao meio ambiente, a legislação brasileira é considerada abrangente e moderna, mas um dos principais problemas enfrentados é decorrente da precária fiscalização oferecida e dos grandes interesses envolvidos na devastação.
 
Floresta Equatorial Amazônica
A Floresta Equatorial Amazônica é densa, latifoliada, higrófila (adaptada a muita umidade), perene e está dividida em igapó, mata de várzea e de terra firme.
Igapó – trecho da floresta sempre alagado, onde se desenvolve a vitória-régia. Mata de várzea – parte da floresta sujeita a inundações periódicas, onde encontramos a seringueira.
Mata de terra firme sempre livre das inundações, ocupa a maior extensão, sendo rica em formações como o castanheiro, o cacaueiro, o caucho e outros.
Nesse domínio, a Bacia Amazônica tem grande importância, com rios de águas brancas e de águas pretas, com alta piscosidade e elevada atividade pesqueira, além do aproveitamento energético.
A Floresta Amazônica vem sofrendo um processo de devastação através das queimadas, exploração vegetal e mineral, desmatamento provocado por madeireiras tanto legais como ilegais, construções de estradas, com prática da agricultura e pecuária, entre outros.
   
                        Caatinga
 
A caatinga,localizada no Polígona das Secas, no Nordeste do Brasil, vegetação típica de clima semi-árido onde a seca é constante, é uma área de terrenos muito desgastado que corresponde à Depressão Sertaneja. Constitui-se de arbustos e na seca, transforma-se numa mata branca (daí o nome de caatinga), e tem muitas plantas que guardam água como os cactos, plantas xerófitas adaptadas à falta d'água - as raízes são profundas para conseguir obter água dos lençóis subterrâneos, suas folhas são pequenas e espinhentas e acumulam água nas folhas ou nos caules,  se tornam  verdes durante as chuvas, além das cactáceas também se destacam as bromeláceas e árvores  baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas (espécies caducifólias), destacando-se pelo extrativismo de fibras vegetais, como o caroá, a piaçava e o sisal.
No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semi-árido
 
Cerrado
 
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados localizados no Brasil Central, hoje, restam apenas 20% dessa formação vegetal. De clima tropical semiúmido: quente e com chuvas de verão e inverno seco, o cerrado  constitui-se de pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas, os solos são pobres e ácidos, mas, com o método de calagem (adição de calcário ao solo), estão sendo aproveitados, tendo-se transformado, desde 1975, na nova fronteira agrícola do Brasil com o programa Polocentro.
 
  
 Mata dos Pinhais ou Araucária
 
Também conhecida por floresta aciculifoliada (cujas folhas são muito finas e alongadas, em forma de agulha, a fim de dificultar a perda de água pelo processo de evapotranspiração) ou mata dos pinhais, a Mata de Araucária é encontrada ao longo dos planaltos e chapadas da Bacia do Paraná.
As matas de araucária constituem a formação vegetal de clima subtropical. Originalmente, essa floresta dominava vastas extensões dos planaltos da região Sul e pontos altos da Serra da Mantiqueira nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio, restando menos de 20% dessa floresta.
 
 
 
 
 
 Pradaria ou Campos Sulinos
O domínio das pradarias corresponde aos Pampas, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo baixo e ondulado das coxilhas é coberto por vegetação herbácea (campos). A ocupação econômica nesse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela rizicultura. De clima subtropical os campos sulinos se caracteriza com altas temperaturas no verão, chegando a 35ºC, e o inverno é marcado com geadas e neve em algumas regiões, marcando temperaturas negativas. A precipitação anual se situa em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno.

 

                              Mata dos Cocais



A Mata dos Cocais ou Babaçuais é uma vegetação de transição no Maranhão, Piauí e norte de Tocantins.
No lado oeste, que abrange o Maranhão, o oeste do Piauí e o norte de Tocantins, a região é um pouco mais úmida devido à proximidade com o clima equatorial superúmido da Amazônia, sendo mais freqüente a ocorrência de uma espécie de palmeira, o babaçu  grande recurso natural regional, pois de sua semente extrai-se um óleo de grande aplicação industrial em (alimentos, cosméticos, sabão, aparelhos de alta precisão).  Na área menos úmida, que abrange o leste do Piauí e os litorais do Ceará e do Rio Grande do Norte, predomina outra espécie de palmeira, a carnaúba.  Embora aproveitada de maneira ordenada por várias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal, a Mata de Cocais também é seriamente ameaçada pela ampliação das áreas de pasto para a pecuária, principalmente no Maranhão e no norte do Tocantins. Essa área ocupa menos de 3% da área total do Brasil.

 

Mata Atlântica



A Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical úmida,  originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica. Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre. Entretanto, tal diversidade e grau de endemismo varia, já que ela não se constitui em uma formação vegetal homogênea, com variações na riqueza de espécies devido a fatores como latitude, altitude, precipitação e solo. Essa floresta sofreu grandes devastações: no Nordeste, devido à agroindústria da cana-de-açúcar e do cacau; no Sudeste, em decorrência da expansão urbana, industrial, agrícola e até da poluição. Essa devastação tem aumentado o problema da erosão dos solos, causando desde a formação de voçorocas e frequentes deslizamentos até o assoreamento dos rios.




Mares de Morros


Os mares de morros são localizado em grande parte da porção leste, o domínio dos mares morro é assim chamado por causa de sua forma, oriunda da erosão, gerada principalmente pela ação das chuvas. Ocorre na região serrana do Sudeste, faz parte da Mata Atlântica.
A paisagem é formada por relevo acidentado, ou seja, há uma grande incidência de planaltos, serras e morros que sofreram desgastes erosivos, esse relevo abrange a floresta tropical (Floresta Atlântica), essa, em seu estágio natural, se apresentava desde o Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, quanto ao clima é o tropical úmido, as chuvas são regulares e bem distribuídas no decorrer do ano.

MANGUES



Encontrados na costa brasileira desde o Amapá até Santa Catarina, os manguezais são áreas de vegetação de grande importância para proteger a costa, manter a qualidade da água e servir de berçário para muitos animais marinhos. No entanto, esse também é um dos ecossistemas mais ameaçados pela pressão e degradação ambiental.
São plantas adaptadas às condições ambientais, com extremas quantidades de salinidade, e ao atrito dos grãos e movimentos de areia. A medida que a vegetação pioneira cresce, as dunas ganham volume e altura. Com o passar do tempo, outras plantas colonizam o local, mantendo o equilíbrio ecológico e a estabilidade do cordão de dunas litorâneas. Podemos encontrar uma grande quantidade de espécies pioneiras, como o cipó de flores, entre outras.
DUNAS



Dunas do Maranhão

Dunas são pequenas elevações de areia formadas pelos ventos que vêm do mar. Os ventos carregam a areia fina até que as dunas venham a ser estabilizadas por vegetação pioneira.
Nas dunas há uma vegetação nativa, composta principalmente por gramíneas e plantas rasteiras que desempenham importante papel na formação e fixação das dunas 
São plantas adaptadas às condições ambientais, com extremas quantidades de salinidade, e ao atrito dos grãos e movimentos de areia. A medida que a vegetação pioneira cresce, as dunas ganham volume e altura. Com o passar do tempo, outras plantas colonizam o local, mantendo o equilíbrio ecológico e a estabilidade do cordão de dunas litorâneas. Podemos encontrar uma grande quantidade de espécies pioneiras, como o cipó de flores, entre outras.
 
 
Pantanal
 

O chamado Pantanal Mato-grossense corresponde a uma área baixa de cerca de 100.000Km2 de terrenos de formação recente, localizado no Estado do Mato Grosso do Sul e sul do Mato Grosso, se prolonga através de parte da Bolívia e do Paraguai.

O Pantanal é uma enorme planície envolvida em semicírculo pelas terras altas dos planaltos Central e Meridional brasileiros sobre o qual corre o rio Paraguai e alguns de seus tributários (São Lourenço, Cuiabá, Taquari, Negro, Miranda, Aquidauana), formando uma admirável rede hidrográfica, interligada por numerosos lagos, responsável pelo lençol de água que se forma nos primeiros meses do ano: o mar dos Xaraiés, como o denominavam os índios. A configuração plana do solo é responsável pelo escoamento das águas.
A superfície do Pantanal não é perfeitamente plana, quebram a monotonia elevações em forma de ilhas constituídas de rochas resistentes antigas.
Por ocasião das cheias (entre janeiro e abril), transforma-se num vasto lençol d’água, cuja presença justifica o nome que os primeiros povoadores lhe deram, Lagoa de Xaraiés, de centenas de Km2 e funda de 2 a 3 metros.
Entretanto, isso não significa que a região seja de pântanos ou brejos. Bem ao contrário. Por ocasião da seca fica inteiramente livre das águas, transformando-se em excelente região de pastagens. Sua superfície não inteiramente plana, apresenta pequenas elevações isoladas, localmente conhecidas pelos nomes de Trombas e Cordilheiras, embora de modesta altitude, além de importante maciço montanhoso com mais de 1.000 metros, que se ergue, abruptamente, na região de Corumbá: a Serra do Albuquerque ou Maciço de Urucum, onde existem valiosos depósitos minerais, não longe da Serra da Bodoquena que avança planície adentro.
 

 

8/18/2012

AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE

PERDAS RESULTANTES DA PRÁTICA AGRÍCOLA

Do ponto de vista ambiental, muitas são as perdas trazidas pela atividade agrícola - e, claro, elas dependem, mais ou menos, das condições de manejo dos solos nos sistemas utilizados.
Inúmeros problemas são causados pela agricultura: no sistema intensivo, o uso de agrotóxicos para aumentar a produtividade e para eliminar as pragas, tanto vegetais como animais; a erosão produzida pelos equipamentos mais pesados e pelo desmatamento; no sistema extensivo, o processo de desertificação ocasionado por práticas rudimentares; a monocultura, retirando somente um tipo de nutriente do solo, o uso queimada, fazendo com que o solo perca nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes que garantem a fertilidade, etc.


   ´                                                            Uso de agrotóxicos                             

                          Uso de agrotóxicos                             
                                                             Queimada - Cana


              Práticas rudimentares                         
           
                       

SISTEMAS AGRÍCOLAS

A ATIVIDADE AGRÍCOLA NO MUNDO


Existem dois grandes sistemas agrícolas:
  • o sistema intensivo - caracterizado pelo intenso uso dos solos, em pequenas e médias propriedades, onde há o uso de tecnologia, desde máquinas até fertilizantes e controladores de pragas, e adaptações de terrenos (terraceamento, polderização, hidroponização), produzindo alta rentabilidade. Nos´países mais pobres, as máquinas são substituídas por trabalhadores rurais, que utilizam a "jardinagem".
  • o sistema extensivo - caracterizado pela utilização de grandes extensões de terras, com graus diferenciados de modernização, segundo sua importância econômica, com menor produtividade e, consequentemente, com mão-de-obra mais escassa por causa do rendimento menor. Nesse sistema, aparecem as plantations, com monoculturas tropicais para esportação, e as "roças", com agriculura de subsistência, utilizando técnicas rudimentares, como as queimadas, e com o posterior abandono dos solos.
Sistemas agrários e características
 
Sistema intensivo - belts - EUA.
Sitema moderno, com alto nível de mecanização, alto uso de insumos e alta produtividade.
O território é dividido em faixas (cinturões) segundo as condições climáticas, especilaizadas num produto (trigo, milho, algodão, frutas, etc.)
 
 
 
Sistema intensivo - policultura - países da Europa.
Alto nível de produtividade utilizando mecanização, insumos agrícolas, seleção de mudas e sementes.
 
 
 
 

Sistema intensivo - jardinagem - países da Ásia.
As máquinas são substituídas pela grande quantidade de mão-de-obra.
Usam-se técnicas da curva de nível e do terraceamento (conforme o tipo de terreno).
 
 
 

Plantation - latifúndios monocultores - países da América, África e Ásia.
Sistema extensivo, utilizando técnicas rudimentares, inclusive a queimada, com baixa produtividade.
Hoje, em certos países, há modernização com etapas feitas com máquinas.
 
 


Subsistência - países pobres
Sistema extensivo, com técnicas rudimentares uso de queimadas e esgotamento de solos, que são abandonados devido à baixa produividade.




Roça - uso de queimada - países da África e da América.
Sistema extensivo, técnicas rudimentres, esgotamento e abandono de solos.





Hidroponia.
Técnica com controle ambiental e de drenagem.
As mudas são colocadas em cânulos com água e ali crescem.
Sistema intensivo usado, sobretudo, na produção de hortaliças para os grandes centro urbanos.





Terraceamento.
Técnica utilizada em áreas montanhosas para produção de alimentos, cuidados manualmente ou com máquinas manuais.
Jardinagem.
Sistema intensivo.




Polders - Países Baixos - Europa.
Técnica de aproveitamento de áreas inundadas pelo mar, através de um sistema de drenagem da água salobra.
Sistema intensivo.




Estufa.
Técnica que controla as condições ambientais (temperatura, drenagem etc.) com plantio em terra.
Sistema intensivo utilizado para a produção junto aos grandes centros consumidores.
 

5/13/2012


Biocombustível 

 Os vegetais são as principais matérias-primas na produção dos biocombustíveis. Conforme dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo é de origem fóssil: carvão mineral, petróleo e gás natural. Porém, essas substâncias, além de extremamente poluentes, são finitas, ou seja, irão se exaurir da natureza. Portanto, o desenvolvimento de novos combustíveis, cuja origem seja renovável, é de fundamental importância. Nesse sentido, os biocombustíveis surgem como uma alternativa eficaz. Os biocombustíveis são fontes de energia renováveis oriundas de produtos vegetais e animais. As principais matérias-primas para a produção são a cana-de-açúcar, beterraba, sorgo, dendê, semente de girassol, mamona, milho, mandioca, soja, aguapé, copaíba, lenha, resíduos florestais, excrementos de animais, resíduos agrícolas, entre outras. O processamento dessa matéria orgânica origina um óleo, que pode ser misturado aos derivados do petróleo (gasolina, diesel, etc.) ou utilizado puro. Os principais biocombustíveis são: etanol, metanol, biodiesel, bio-óleo, biogás, bioetanol, óleo vegetal e E85. Algumas dessas substâncias possuem uma porcentagem de derivados de petróleo, no entanto, a maioria é formada apenas por produtos de origem vegetal e/ou animal. Especialistas afirmam que a utilização do biocombustível oferece uma série de vantagens: emite menos gases poluentes durante a combustão, contribui para o aumento de emprego na zona rural, é uma fonte renovável e reduz a dependência de fontes de origem fóssil. Porém, existem opositores ao uso do biocombustível em larga escala. Essa vertente alega que a matéria-prima (alimentos) deveria ser destinada à população, além de uma série de problemas ambientais que podem ser originados pela intensificação das plantações de cana-de-açúcar: perda de nutrientes do solo, erosão, desmatamentos, etc.
TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO GEOGRÁFICO O espaço geográfico corresponde ao espaço construído e alterado pelo homem, pode ser definido como sendo o palco das realizações humanas nas quais estão as relações entre os homens e desses com a natureza. O espaço geográfico abriga o homem e todos os elementos naturais, tais como relevo, clima, vegetação e tudo que nela está inserido O espaço geográfico em sua etapa inicial apresentava somente os aspectos físicos ou naturais presentes, como rios, mares, lagos, montanhas, animais, plantas e toda interação e interdependência entre eles. O surgimento do homem, desde o mais primitivo, que começou a interferir no meio a partir do corte de uma árvore para construção de um abrigo e para caça, impactou e transformou o espaço geográfico. Nesse primeiro momento as transformações eram quase que insignificantes, uma vez que tudo que se retirava da natureza servia somente para sanar as necessidades básicas de sobrevivência, processo denominado de “meios de existência”. Toda modificação executada na natureza é proveniente do trabalho humano O conjunto de atividades desempenhadas pelas sociedades continuamente promove a modificação do espaço geográfico. A partir da Primeira Revolução Industrial o homem enfatizou a retirada de recursos dispostos na natureza a fim de abastecer as indústrias de matéria-prima, que é um item primordial nessa atividade, ao passo que a população crescia era acompanhado pelo alto consumo de alimentos e bens de consumo. Com o avanço tecnológico, o homem criou uma série de mecanismos para facilitar a manipulação dos elementos da natureza, máquinas e equipamentos facilitaram a vida do homem e dinamizaram o processo de exploração de recursos, como os minerais, além do desenvolvimento de toda produção agropecuária com a inserção de tecnologias, como tratores, plantadeiras, colheitadeiras e muitos outros. Na produção agropecuária se faz necessário transformar o meio, pois retira toda cobertura vegetal original que é substituída por pastagens e lavouras, essas derivam outros impactos como erosão, poluição e contaminação do solo e dos mananciais. Na extração mineral o espaço geográfico é bastante atingido, sofrendo profundos impactos mudando de forma drástica todo arranjo espacial do lugar que está sendo explorado.
Nos centros urbanos as alterações são percebidas nas construções presentes, essas transformações ocorrem em loteamentos que em um período era somente uma área desabitada e passou a abrigar construções residenciais, além de áreas destinadas ao comércio e indústria. Desse modo, nas cidades de todo mundo sempre ocorrem modificações no espaço, são identificadas nas novas construções, nas reformas de residências, lojas e todas as formas de edificações. Diante dessas considerações constata-se que o espaço geográfico não é estático, pois até mesmo a deteriorização de um edifício ou monumento é considerado uma alteração do espaço e automaticamente da paisagem, por isso as mudanças são contínuas e dinâmicas. O espaço geográfico é produto do trabalho humano sobre a natureza e todas as relações sociais ao longo da história. As constantes intervenções humanas no espaço causam uma infinidade de degradação que recentemente tem se voltado contra o homem, desse modo, a natureza está devolvendo tudo aquilo que as ações antrópicas causaram, são vários os exemplos decorrentes das profundas alterações ocorridas principalmente no último século no planeta, como o aquecimento global, efeito estufa e escassez de água. As décadas de exploração ocasionaram a extinção, somente no século XX pelo menos 15% das espécies da fauna e da flora foram extintas. A partir das afirmativas, fica evidente que o homem necessita da natureza para obter seu sustento, no entanto, o que tem sido promovido é uma exploração irracional dos recursos que, se continuar nesse ritmo, provavelmente as próximas gerações enfrentarão sérios problemas, além de comprometer a vida de todos os seres vivos na Terra, inclusive o homem, caso o problema não seja solucionado.

2/22/2012

Diferenças entre Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

Barcelona
Favela na África do Sul
  
















Na história da humanidade sempre existiram nações pobres e nações ricas. O mundo atual, porém, apresenta um desequilíbrio que não se compara com o de nenhuma outra época.
Foi principalmente no período após a Segunda Guerra Mundial que os povos acordaram para a realidade: o mundo estava desequilibrado, pois um grande desnível separava uma nação de outra. Assim, além da divisão do mundo em países capitalistas e socialistas, havia outra: de um lado, alguns países ricos, poderosos e desenvolvidos: do outro lado, muitos países pobres, dependentes, subdesenvolvidos.
Mas, o que é ser um país desenvolvido ou subdesenvolvido? Para você compreender essa subdivisão do mundo, vamos estabelecer algumas características do que seja desenvolvido e subdesenvolvido.



O MUNDO DESENVOLVIDO



 Fazem parte do mundo desenvolvido países que já atingiram um alto nível de industrialização e conseguiram substituir grande parte da energia humana ou animal pela força das máquinas a vapor, gás, eletricidade, petróleo ou mesmo energia nuclear.
As principais características de um país desenvolvido são:
·         Alto grau de capacidade técnico - cientifico;
·         Modernos e eficientes meios de transporte terrestre, aéreo e marítimo;
·         Atualizados e bem distribuídos meios de telecomunicação;
·         Agricultura moderna e racional;
·         Predomínio da população urbana sobre a rural;
·         Nível de vida bastante elevado;
·         Pequeno ou nulo número de analfabeto;
·         Baixa taxa de natalidade;
·         Baixa taxa de mortalidade infantil.
Como resultado de tudo isso, os países desenvolvidos mantêm um substancial aumento em sua produtividade e, assim, podem atender às necessidades e aspirações de seu povo.



O MUNDO SUBDESENVOLVIDO




Situação econômica-social caracterizada por dependência econômica e grandes desigualdades sociais. Tal dependência manifesta-se das seguintes maneiras:
a) Deficiência tecnológica: os países pobres pouco investem em pesquisa e utilizam tecnologias dos países desenvolvidos.
b) Endividamento externo: normalmente, todos os países subdesenvolvidos possuem grandes dívidas com bancos internacionais.
c) Relações comerciais desfavoráveis: geralmente, os países subdesenvolvidos exportam para as nações ricas produtos primários (não industrializados), tais como café, cacau, soja, algodão, manganês etc. As importações, por sua vez consistem basicamente em artigos manufaturados (industrializados),  e tecnologia avançada, aviões, computadores, máquinas automatizadas etc. Os artigos importados têm preços bem mais altos que os exportados. Tais relações mostram-se desvantajosas
d) Influência de empresas estrangeiras: uma grande parcela do lucro dessas empresas é remetida para as matrizes, o que provoca acentuada descapitalização nos países subdesenvolvidos.